O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) vem a público manifestar repúdio à última atitude do Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, de enfileirar alunos e alunas e filmar, para enviar ao Ministério da Educação (MEC).
Como já é costume, tudo no governo Bolsonaro é feito primeiramente na forma de teste, a bola da vez está com este Ministro, que após enviar, como gestor máximo da Educação no País, e-mails às escolas exigindo que todos (as) os (as) alunos(as) cantem o hino nacional, leiam o slogan “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos” e que o fato seja filmado e enviado ao MEC, ele volta a atrás e pede desculpas por ter se excedido na normativa.
Porém esta não é a primeira polêmica envolvendo Vélez. Suas declarações e posicionamentos manifestam sempre graves ataques às decisões e aos direitos adquiridos no âmbito do sistema educacional. Em seus discursos arrogantes, o ministro desrespeita o povo brasileiro, afronta à legislação educacional, ameaça extinguir direitos e inviabilizar políticas educacionais que ora atendem à demanda educacional nos sistemas dos entes federados da Nação. Essa postura em nada agrada aos profissionais da educação.
Ele já declarou que “a ideia de universidade para todos não existe”, pois ele acredita que nem todo mundo tem disposição ou capacidade para ter acesso ao ensino superior e que “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”.
E as declarações infelizes não param por aí. Atacou os jovens brasileiros dizendo que possuem um grande desvio de conduta e se comportam como uns verdadeiros “canibais” durante viagens ao exterior. “Rouba coisas dos hotéis; rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”, disse o ministro.
Além de também já ter manifestado apoio ao programa Escola Sem Partido. Pregando que as escolas estão fazendo “ideologização precoce nas crianças” e através do programa, essa prática poderá ser extinta.
O Suprema, como representante de profissionais de Educação, é contra todo esse tipo de pensamento e é conhecido em Maracanaú como um ferrenho defensor do acesso à educação de qualidade para todas as classes sociais – sem exceção, e à criação de políticas educacionais para melhorar o ensino público, o que não coaduna com o projeto “Escola sem Partido”.
O sindicato enfatiza ainda que comentários dessa natureza possuem apenas a finalidade de ofender um povo trabalhador, que sonha e luta por uma vida melhor. E que por isso apresenta preocupação e indignação com as declarações incompatíveis com a conduta de um Ministro da Educação, uma vez que esses ataques verbais ferem e ofendem a honra dos brasileiros e prejudicam o trabalho dos profissionais da educação, e que acima de tudo, acolheram o Ministro de nacionalidade estrangeira.
Por fim, o Suprema não só repudia todas estas manifestações de desrespeito e de ódio, como endossa a campanha que está circulando nas redes sociais, cuja pede que sejam filmados todos os problemas das escola pública e enviados ao MEC.