Suprema participou de reunião intersetorial, nesta quinta-feira (27 de maio), com a Secretaria de Educação (SME); a Secretaria da Saúde (SAS); o Conselho Municipal de Educação (CME) e o Conselho Municipal de Saúde (CMS) Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA), além da Comissão de Educação e a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Vereadores. Na pauta, a avaliação sobre a prorrogação do Decreto Municipal que estabelece as atividades remotas na rede municipal de Educação.
Após um amplo debate sobre os impactos da pandemia na Educação, houve nas falas unanimidade em reconhecer que o atual cenário da pandemia, sobretudo, devido à gestão desastrosa do Governo Federal, que vem resultando o atraso da vacinação, ocasionando altos índices de contaminação e ocupação de leitos hospitalares. Portanto, não há condições seguras para o retorno das atividades presenciais no segundo semestre de 2021.
Sobre a campanha de vacinação dos professores, a Secretária de Saúde, Socorro Norjosa, afirmou que as doses que são enviadas à Maracanaú são com base nas informações do cadastro Estadual Único para vacinação da COVID-19 no Ceará, disponível na plataforma Saúde Digital da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
O Presidente e a Vice-presidente do Suprema aproveitaram a oportunidade para reforçar que a categoria encontra-se em estado de greve desde o dia 12 de maio, mais uma vez, expondo a situação da educação no município frente à ausência de suporte de qualquer natureza a alunos e professores durante o ensino remoto, assim como o precário atendimento ao direito da alimentação escolar. Além de todas as dificuldades nas aulas remotas, também foi exposta a frustração pelas perdas salariais nos últimos anos, e a não efetivação do PCCR da categoria, o que por isso estão protestando pelo direito à reposição inflacionária a partir da data base e pelo pouco avanço na mesa de negociações com o Prefeito
Os sindicalistas ainda ressaltaram o compromisso dos professores com a aprendizagem e desenvolvimento dos seus alunos, e defenderam que os docentes querem o retorno das aulas presenciais, porém de forma segura para toda a comunidade escolar. Também expuseram os investimentos feitos pelos profissionais para se adequarem ao novo formato de ensino e da sobrecarga de trabalho nesse formato.
Outro ponto tocado foi a retirada do auxílio-alimentação, que deixou a categoria extremamente desapontada e também a ausência de uma política de testagem para os profissionais que permaneceram no trabalho presencial, como gestores e técnicos da Secretária, o que resultou em elevado índice de contaminação, segundo pesquisa realizada pelo Suprema. E esse foi o fato que prevaleceu na decisão da categoria em aderir ao Estado de Greve, a ameaça de retorno às atividades presenciais no segundo semestre deste ano sem condições seguras, como imunização em massa da população.
Como encaminhamento, o Secretário de Educação de Maracanaú, George Valentin recomendou às entidades representadas na audiência – CME, CMS, CMDCA, SUPREMA, Câmara de Maracanaú – , protocolarem ofício na SME com posicionamento a respeito da prorrogação do Decreto Municipal que estabelece as atividades remotas na rede municipal de educação de Maracanaú, no sentido de subsidiar a decisão do Poder Executivo. Além disso, a Secretaria de Educação ficou de buscar com a Secretaria Estadual de Saúde, definição sobre critérios para cadastro dos professores com residência em município diferente ao local de trabalho.