Suprema denuncia e repudia a demissão das merendeiras e das cuidadoras de todas escolas de Maracanaú durante a pandemia

O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) ao mesmo tempo em que denuncia, repudia todo o descaso que o prefeito Roberto Pessoa dispensa aos servidores de Maracanaú que exercem as funções de merendeira e de cuidadora nas escolas municipais.

Sem nenhuma cerimônia manda demitir e ainda tem a displicência de usar como justificativa a queda na arrecadação do município, quando ainda em live, na última quarta-feira (27 de janeiro), ele mesmo afirmou que nos últimos 08 anos a arrecadação do município cresceu 132%. E ainda no final do ano de 2020 foi comemorado pelo antigo prefeito Firmo Camurça, em suas redes sociais oficiais, a segunda colocação do PIB do Estado do Ceará.

Outro ponto que tenta fajutamente justificar a dispensa, descrito no documento sem timbre da prefeitura, que circula nos grupos do aplicativo WhatsApp é a redução de 35 milhões na verba do Fundeb. Porém esses trabalhadores não são pagos com esse recurso e sim com recursos do Salário Educação e por arrecadação própria.

Como se o caso já não se tratasse de uma atitude vil e altamente reprovável, o prefeito tenta se passar por “bom moço” e diz que poderá vislumbrar, como forma de compensar a perda salarial, os pagamentos das verbas rescisórias por quebra de contrato, como Fundo de Garantia por tempo de serviço e seguro desemprego. Porém, isso não depende dele porque são direitos assegurados pela CLT.

O Brasil amarga a marca de mais de 220 mil mortes por covid-19. Há um mês a ajuda emergencial da pandemia foi cortada pelo Governo Federal e agora o prefeito Roberto Pessoa, seguindo os passos do presidente Bolsonaro, manda rescindir o contrato de todos esses servidores, enquanto cria 6 novas secretarias para agradar seus aliados políticos de outros municípios com o dinheiro retirado de tão sofridos trabalhadores.

E para fechar o pacote de maldade, deixa a cargo do grupo gestor de cada escola dispensar esse pessoal, sem medo de acarretar uma crise emocional neste profissionais que já estão tão fragilizados por estarem trabalhando nessa pandemia sem os insumos básicos de higiene preventiva, que ao que parece, só começaram a chegar às escolas esta semana após denúncia do Suprema.

Diante de toda esta situação desrespeitosa que já é conhecida no município, o Suprema se solidariza com os servidores dispensados e vai denunciar na mídia mais essa arbitrariedade do prefeito que já chegou mostrando ao que veio.

Veja abaixo o documento que foi enviado à direção das escolas, detalhe para o papel branco, sem timbre da Prefeitura ou da Secretaria de Educação de Maracanaú: