Na manhã desta quinta-feira (28 de janeiro), membros da diretoria do Suprema, com representação direta da categoria, Adélia Carvalho, reuniram-se com o Secretário de Educação, George Valentim, e o quadro de técnicos da Secretaria de Educação (SME). Na pauta, a Campanha Salarial 2021, além das questões fundamentais para a categoria já tratadas na reunião anterior: o retorno imediato do auxílio-alimentação, as condições para o início do ano letivo de 2021, a falta de suporte técnico e financeiro para as atividades remotas tanto para os professores como para os estudantes, pontos específicos sobre a saúde dos profissionais que estão trabalhando de forma presencial nas escolas, dentre outros.
Inicialmente, o Secretário de Educação informou que não tem como deliberar acerca das pautas de cunho financeiro, no caso o auxílio-alimentação, benefício retirado dos professores desde abril de 2020. Por outro lado, afirmou que estava dialogando com o prefeito Roberto Pessoa para marcar uma reunião com o sindicato, com previsão para o início de fevereiro.
Vale salientar que o Suprema tem insistido com a prefeitura para a definição de uma data. Ofício solicitando o encontro foi enviado ainda no início de janeiro e inúmeras cobranças são realizadas diariamente ao gabinete. Na última sexta-feira (22 de janeiro), três membros da diretoria foram à sede da Prefeitura como mais uma forma de pressionar a realização da reunião, mas até agora sem sucesso.
Questionado sobre o suporte aos professores e aos estudantes em relação às aulas remotas, George Valentim e o secretário executivo, Nilson Lima, afirmaram que estão estudando os dados fornecidos pelas escolas para chegar a um diagnóstico. Foi ventilada a possibilidade de disponibilização de chips de dados para os estudantes.
O presidente Pedro Hermano, reiterou sobre a segurança dos profissionais que estão trabalhando de forma presencial, dos quais gestores e secretários estão inclusos e em resposta, o secretário disse que os itens básicos de higiene preventiva já foram comprados e a entrega iniciou ainda ontem (27), na Escola Tancredo Neves. Neste momento também nos informou que a partir de 1º de fevereiro as escolas voltarão a funcionar em horário corrido, com atendimento das 08h às 14h.
Complementando o ponto, Ivaneide Antunes, Diretora de Educação, informou que a licitação para a aquisição de itens que obedecem ao protocolo de segurança, cobrados pelo Sindicato e a categoria, já foram realizadas e que estão dentro do plano de estruturação das escolas para o retorno às aulas presenciais.
Interpelado acerca da testagem para os profissionais que estão trabalhando de forma presencial no período de matrícula, Nilson Lima, Secretário Executivo, disse que após o envio de itens de proteção às escolas, o foco agora é a vacina. A solicitação da inclusão dos professores no plano de vacinação do Estado já foi enviada ao Governador Camilo Santana.
Ainda sobre a estruturação das escolas para o retorno das aulas presenciais, o grupo cobrou novamente um plano que englobe todas as reivindicações da categoria. Em resposta, Nilson informou que há em curso um estudo encomendado pelo Secretário sobre o estado das escolas, para que todas sejam adequadas de acordo com a necessidade de cada público escolar.
Após a apresentação da pauta ao Secretário, ele sugeriu a criação de grupos por segmento, de acordo com as Secretarias da Diretoria do Suprema, para a discussão de pontos específicos (como a saúde do trabalhador, progressões, entre outras) considerando-se a quantidade de reivindicações, e para a otimização de tempo. Também sugeriu que fosse criado um cronograma de reuniões periódicas entre SME e Suprema para analisar de forma mais detalhada cada ponto da pauta da campanha salarial. A primeira já está marcada para a próxima segunda-feira (01 de fevereiro).
“Essa é a nossa maneira de trabalhar: dialogando, mas sem deixar de pressionar. O Suprema tem histórico combativo e essa diretoria manterá esse legado. Estamos lutando para garantir os direitos dos professores neste momento delicado de pandemia e o Secretário tem se mostrado sensível às nossas reivindicações, e mantido o canal de diálogo aberto”, declara Pedro Hermano, presidente do Suprema.