Sindicato dos Professores convoca a categoria e a população do município para mobilização em defesa de uma Educação pública, gratuita e de qualidade, com valorização dos professores e com respeito aos alunos. As ações terão início nesta sexta-feira (19 de junho) de modo virtual.
O movimento foi criado em reunião por vídeoconferência entre representantes do Sindicato e delegados de base, realizada em 15 de maio, e tem o objetivo de combater a política opressora de Firmo Camurça e dos vereadores, que seguem retirando direitos históricos da categoria, provando que Maracanaú não tem uma casa legislativa, mas uma extensão da prefeitura. Tudo o que o prefeito envia à Câmara, é aprovado pelos vereadores.
A pandemia da covid-19 mostrou a cara falida do capitalismo e trouxe à tona que quem gera riqueza no mundo é a classe trabalhadora. Enquanto isso, o prefeito de Maracanaú – inimigo da Educação – deixa de investir nos servidores municipais de forma geral, retirando o auxílio-alimentação dos professores e suspendendo a contribuição patronal para a previdência (aposentadoria) de todos, seguindo a cartilha de Bolsonaro e do Ministro da granada, Paulo Guedes.
Vale salientar que a suspensão do pagamento ao IPM poderá comprometer, num futuro próximo, a aposentadoria de todos os servidores, além de também afetar, por falta de recursos financeiros, os afastamentos/licenças por saúde.
Os professores de Maracanaú não suportam mais tanta desvalorização. Se já não bastasse o isolamento social, em que são obrigados a trabalhar, tendo de se reinventar para manter a frequência dos alunos – que gira em torno de 20% também pela falta de recursos tecnológicos – não foi dado nenhum apoio por parte da Secretária da Educação. O prefeito sequer atende aos chamados do sindicato para dialogar sobre esta situação que está adoecendo o corpo docente municipal.
Isso é massacre da categoria!
A situação dos professores é preocupante e revoltante. Enquanto a Secretaria da Educação exige que as aulas sejam ministradas pela internet, muitos professores tiveram que contratar pacotes de internet, comprar equipamentos como notebook, para se manter trabalhando, ou seja, estão pagando para trabalhar e recebem de bônus mais retirada de direitos, e ainda tendo de ouvir de vereadores que “não estão trabalhando”, para justificar a suspensão do auxílio-alimentação.
A retirada do auxílio-alimentação foi o estopim da crueldade da classe política de Maracanaú. Porém, também acabaram com licença-prêmio, gratificação de função, redução de carga-horária, período de recuperação das aulas e auxílio-transporte, que agora é limitado a 5,15 o percurso, dificultando o deslocamento de professores residentes em outro municípios, só para citar alguns exemplos.
Portanto, diante desta situação sem precedentes, o Suprema reafirma o seu compromisso com os profissionais da educação e informa que medidas judiciais já foram tomadas para reverter tamanho absurdo.
Pautas para 19 de junho:
- Pela revogação da Lei que suspende o auxílio-alimentação dos professores;
- Contra a política opressora de Firmo Camurça e dos vereadores que não tem compromisso com os servidores e nem com o povo desta cidade;
- Pela revogação da Lei que suspende a contribuição patronal ao IPM, o que afetará a aposentadoria dos servidores de Maracanaú;
- Defesa da vida – retorno das aulas presenciais apenas sob um protocolo de prevenção à covid-19;
- Fora vereadores que votam para retirar direito de trabalhadores.
Seguimos em luta defendendo uma Educação libertadora, gratuita, pública e de qualidade, com valorização dos professores e respeito aos alunos e à população deste município.