Trajando preto, diretoras do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) e alguns professores da EMEF José Nogueira Mota fizeram uma manifestação no tradicional desfile de 7 de Setembro do município, neste sábado, na mesma data, na mesma avenida onde acontecia o desfile oficial.
Os manifestantes levaram a sua indignação desfilando pela avenida e seguravam faixas que mostravam luto pelo Brasil – entregue aos interesses do capital estrangeiro e de um governo que passa longe de ser patriota –, bem como pedindo respeito à Educação e aos profissionais do Magistério que lutam diariamente para manter os bons índices que o poder executivo adora mostrar Brasil afora, mas esquece de agradecer internamente. Pelo contrário, envia projetos para votação na Câmara que tem o intuito de retirar os poucos direitos que os professores têm.
O ponto alto do protesto foi um professor carregando uma cruz, segundo ele, simbolizando a via crucis que é ser profissional da Educação no Brasil e em Maracanaú diante de tantos ataques vindo de todos os lados: do prefeito Firmo Camurça, dos vereadores, do ministro da Educação, do atual ocupante do Palácio do Planalto e muitas vezes da própria sociedade que é produto desta categoria.
O fato de desfilar no meio das escolas no 7 de setembro foi, sobretudo, um ato político e representou o desagravo da categoria perante o Gestor municipal, que ultimamente evita receber o Sindicato para resolver demandas pendentes. No evento, o prefeito fingiu não ver os manifestantes desfilando entre as escolas que seguiam em fila.
“Ouvimos muitos aplausos, alguns desaforos, mas acima de tudo nos sentimos orgulhosos da sensação do dever cumprido. De saber que nosso protesto foi visto por quem estava lá, e que o Prefeito Firmo Camurça, ao nos dar as costas, no alto do seu palanque e ir tirar fotos, exatamente naquele momento que passávamos, só demonstrou o que nunca quis esconder: que nossa categoria para ele, tanto faz”, desabafa Janaina Santana, vice presidenta do Suprema.
O compromisso do Suprema é com a Educação do município e seus professores, e isso está na sua raiz desde o nascimento. Trabalhar em prol do coletivo é a bandeira deste sindicato que resiste bravamente aos constantes ataques do poder executivo, seguido do poder legislativo. Por isto, continuará buscando diálogo com a prefeitura até que as pendências da categoria sejam sanadas, como as alterações no novo Estatuto do Magistério, por exemplo.