Professores de Maracanaú, em estado de greve, paralisam suas atividades

Professores de Maracanaú atendendo ao chamamento do Suprema lotam ato em frente à CEASA e paralisam o trânsito para chamar atenção da sociedade e da imprensa para toda a situação de precarização da educação municipal, nesta quarta-feira (09 de fevereiro).

Reivindicando o percentual de 33,24%, o ato saiu em caminhada pela Av. Mendel Steinbruch denunciando à população a situação em que se encontra a educação do município – o que afeta diretamente toda a sociedade. Enquanto 24 municípios no Ceará, incluindo Fortaleza e Caucaia, já concederam o percentual a seus profissionais, o Prefeito de Maracanaú segue dando declaração à imprensa de que “vai conceder o percentual dentro do limite orçamentário e respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal“.

Diante dessa afirmação o Suprema exige que a prefeitura apresente o impacto financeiro nas contas do município, porque não dá apensas para dizer que não pode pagar. Já são 12 anos de perdas salariais em Maracanaú que representam mais de 36% de defasagem de salário, que corrói o poder de compra dos trabalhadores. Ou seja, os 33,24% não são suficientes para suprir a carência.

Com base no relato dos professores, 80% das escolas tiveram suas atividades paralisadas mostrando que professor tem consciência de classe e não aguenta mais ser maltratado e muito menos destratado em um município que não anda dando a mínima para a valorização profissional desta categoria.

Dando continuidade à agenda do estado de greve, ficou marcado a próxima paralisação para amanhã (10 de fevereiro), o dia inteiro, com ato a partir das 08h, no Palácio do Jenipapeiro. Às 15h, assembleia com indicativo de greve.

“Quem não pode comparecer hoje, por algum motivo pessoal, mas faltou a escola e aproveitou a paralisação para resolver algum problema, é importante sua presença amanhã para fortalecer o movimento”, convoca Pedro Hermano, presidente do Suprema.

Paralisações do Estado de Greve

O Suprema faz o apelo aos pais às mães dos alunos, pois a compreensão do que estamos vivendo é essencial para o êxito do movimento que anseia por melhorias. Se os professores estão bem, a Educação também fica bem.

O Suprema desculpa-se pelos transtornos que são as paralisações das aulas, mas explica que os professores são tão afetados quanto os alunos porque com desmotivação não é possível desenvolver um bom trabalho, e a única instância que pode ser culpada é a Prefeitura de Maracanaú, na figura do prefeito Roberto Pessoa.