O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema), por meio de sua Secretaria de Políticas de Gênero e do Coletivo Marias vêm a público manifestar apoio e solidariedade à professora da rede pública de Maracanaú, Vilani Oliveira, que na manhã da última quarta-feira (15 de junho) foi vítima de violência e de claro cerceamento da liberdade de expressão e de manifestação.

A professora visitava a Cidade Junina do São João de Maracanaú quando foi confrontada pelo prefeito Roberto Pessoa, porque segurava um cartaz cobrando o reajuste salarial de 33,24% para os profissionais do magistério, que até o momento não foi efetivado. O gestor tomou o cartaz de suas mãos e amassou o papel, numa medida truculenta evidenciando clara tentativa de intimidação, e ainda a segurou pelos ombros. A grosseria foi presenciada por outras pessoas que também visitavam o local, e registrada através de vídeos e imagens massivamente replicados nas redes sociais. 

O que mais espanta no caso é que o autor do fato sequer respeitou a presença de outros docentes que a acompanhavam, agindo de forma repreensível. Tal ação explicita a forma truculenta e desrespeitosa que o atual prefeito de Maracanaú trata as/os profissionais da educação do município.  

Não há motivos que justifiquem a violência praticada a uma mulher, seja em âmbito doméstico e familiar, seja no âmbito profissional. Não podemos ser tolerantes nem tão pouco naturalizar práticas de violências de qualquer tipo contra a mulher, sobretudo no exercício profissional. 

Vilani Oliveira é reconhecida representante dos movimentos negro e feminista, com voz, trabalho e independência no meio sindical. Todo o nosso acolhimento à companheira Vilani! Sentimo-nos indignadas e indignados contra a covardia e a violência que, infelizmente, retratam este país dentre os piores para se ser mulher e profissional do magistério.