Greve dos professores municipais ganha novas proporções e acompanhamento da mídia

18 dias de greve. Uma praça lotada de professores. E nenhum aceno positivo do prefeito Firmo Camurça em negociar com a classe trabalhadora. Isso demonstra total desrespeito com a categoria, que vem sendo ameaçados pelo poder público, mas principalmente com a população de Maracanaú, que depende da escola pública.

“Nossas crianças não merecem isso, e nem nós queríamos está fora da sala de aula, mas também não podemos deixar de lutar pelos nossos direitos. Esse PCCR é promessa antiga”, afirma a professora Socorro Lima

Diante da intransigência do prefeito frente a um ponto da pauta de reivindicação ainda da Campanha Salarial 2016, os professores num espírito de resistência saíram da Praça da Estação em carreata pela Av. José Holanda do Vale, congestionando o trânsito da cidade, até o Condomínio Jardins da Serra, residência do prefeito. De longe ouvia-se a palavra de ordem: prefeito implante o PCCR, é um direto que você nos deve. Se você não implantar, permaneceremos na greve! Terá greve sim! O prefeito não foi encontrado.

 

 

 

 

 

A greve da categoria teve início no dia 3 de outubro e segue firme até que a prefeitura atenda as demandas da classe.

Até o momento, o município permanece calado sobre a negociação, e responde à imprensa apenas declarações por meio de notas. A categoria, por sua vez, segue denunciando as causas da greve na mídia local. Também pede respeito e clama para que o prefeito cuide melhor da Educação do município para garantir boas perspectiva às crianças.

“Nossa crianças precisam sonhar. Nós lutamos também pelos sonhos delas, para que elas tenham melhores perspectivas de vida num município que negligencia a saúde e a educação. É na sala de aula que os sonhos se realizam”, defende Janaína Santana, professora da Escola Paulo Freire

“Eu parto do princípio de que a Educação é a arma de uma nação. Uma nação que cuida da educação evolui e consegue seu destaque no mundo, mas o prefeito não quer isso para Maracanaú, quer somente resultados maquiados”, aponta o professor Raimundo Nonato

A greve continua e você é convidado a fortalecer o movimento na segunda-feira, 23 de outubro, a partir das 07h30, em frente a Secretaria de Educação de Maracanaú (Rua Capitão Valdemar de Lima, 202, Centro).

Fotos: Fabrício Santos