Após a repercussão negativa dentro da comunidade escolar, acerca da suspensão do auxílio-alimentação dos professores por meio do projeto de lei nº 034/2020, de 25 de maio, do prefeito Firmo Camurça e aprovado pelos vereadores de Maracanaú, o vereador Chico Barbeiro (PCdoB) enviou requerimento ao prefeito pedindo a não promulgação do texto, alegando ter recebido muitas denúncias e reclamações dos servidores em Educação que adquiriram novas despesas ou tiveram que arcar com equipamentos para poder se adequar à nova realidade das aulas remotas no município. Tudo isso do próprio bolso.
A retirada do auxílio-alimentação atinge diretamente 1797 professores, que contam com este benefício – uma média de 400 reais por mês, pago em pecúnia, que a categoria deixa de receber. Valor este que serve de complemento do orçamento doméstico. É desumano e ilegal a suspensão deste direito, que além de tudo é previsto em lei. Apenas o vereador Julio César (Patriota) votou contra projeto de lei.
Segundo fontes ligadas ao vereador, o documento foi subscrito por mais 15 vereadores, mas ainda não tivemos acesso aos nomes.
Nada do que está exposto no documento que já não tinha sido denunciado inúmeras vezes pelo Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) ao Secretário de Educação, ao prefeito e aos vereadores por todos os meios possíveis de comunicação. Portanto é, no mínimo, curioso que após votar pela edição da lei, os parlamentares voltem atrás em tal decisão.
Estamos num ano atípico, em meio a uma pandemia que afeta o mundo inteiro, mas até o presente momento continua em seu calendário as eleições municipais 2020, que contemplam os cargos de prefeito e de vereador. Divulgamos abaixo o teor do documento, mas deixamos o alerta para os vereadores que o Suprema está de olho em todas as ações do poder executivo, assim como do legislativo e não vamos tolerar retiradas de direito em um período que pede mais cuidado com a classe trabalhadora do município.