O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) uni-se à luta contra a reforma da Previdência e o corte na Educação, na sexta-feira (15 de maio), concentração às 08h, na Praça da Bandeira. E faz a chamada para que todos os servidores da Educação do município, bem como a população maracanauense também participem deste momento, para exigir a manutenção do direito à educação, à previdência e a um futuro digno para a classe trabalhadora!
O Sindicato é protagonista nesta luta no município, e se junta ao movimento nacional para fazer corpo na defesa do ensino público, laico e de qualidade.
A atividade é um esquenta para a Greve Geral contra a reforma da Previdência, que acontecerá em 14 de junho. O Suprema, na defesa dessa da classe trabalhadora, já ofertou diversas atividades abertas a todos os públicos para explicar os perigos da aprovação desta do atual carro chefe do Governo Bolsonaro, que está usando o corte da Educação como chantagem para barganhar a aprovação de tal medida.
Conheça a pauta dos professores e trabalhadores do ensino municipal na Greve Geral da Educação:
– Defesa da Previdência, da Assistência Social e do direito à aposentadoria;
– Suspensão do corte de 30% do orçamento das universidades e institutos federais;
– Manutenção das bolsas de Mestrado e Doutorado;
– Defesa do Fundeb como política de Estado e com garantia de financiamento público;
– Defesa dos Conselhos de Controle Social como instrumentos de democracia e de participação da sociedade.
Marcha dos Educadores
De acordo Will Pereira, presidente da Cut Ceará, a marcha dos educadores sairá da Praça da Bandeira, às 8h, e seguirá pelas ruas do Centro e do Benfica em direção aos prédios do Instituto Federal de Educação (IFCE) e da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde haverá ato político e encerramento. IFCE e UFC são algumas das universidades federais cearenses que tiveram parte da verba orçamentária bloqueada pelo Governo Federal.
Greve reforçada
O anúncio do corte de verbas aumentou o apoio à greve nacional da categoria, convocada no início de abril pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para defender a aposentadoria e o ensino público e funcionar como um esquenta para a greve geral da classe trabalhadora no dia 14 de junho.
“A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, disse o presidente da CNTE, Heleno Araújo.
Segundo ele, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) tem como objetivo destruir a aposentadoria do povo brasileiro, em especial a das trabalhadoras e a dos trabalhadores da educação. A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos e altera as regras especiais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e professores. As professoras serão ainda mais prejudicadas se a reforma for aprovada.
Congelamento compromete universidades e ensino básico
Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais.
Mesmo a educação básica, apontada como prioridade por Bolsonaro durante a campanha eleitoral, sofreu um corte de R$ 914 milhões.
“Estes cortes estão prejudicando a merenda e o transporte escolar das nossas crianças da educação básica, além, claro, de prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de pesquisa”, explicou Heleno Araújo, das CNTE.
Serviço:
Greve Geral da Educação em Fortaleza
15 de Maio – 8h
Concentração na Praça da Bandeira
CONFIRME sua presença no evento: http://bit.ly/2H9TxPM