Suprema convoca Delegados de Base para reunião que discutirá retorno das aulas

O Sindicato dos Professores de Maracanaú (Suprema) convoca delegados de base para reunião virtual nesta quarta-feira (24 de junho), pela plataforma Meet. Na pauta, a elaboração de uma série de diretrizes para constar no protocolo de retorno das aulas das escolas públicas do município. O documento está sendo construído pela Secretaria da Educação (SME).

O sindicato tomou conhecimento da elaboração do texto durante telereunião, na tarde desta segunda-feira (22 de junho), entre diretoria do Suprema e membros da Secretaria, que teve a participação do Secretário da Educação, professor Marcelo Farias; Ivaneide Antunes e Anízio Farias, além das diretoras do Suprema: Joana Ferreira (presidenta), Vilani Oliveira, Andreia Cidália e Sônia Mara, e dos diretores Rafael Araújo e professor Marinho.

Questionados acerca do documento, Nilson Gomes e Ivaneide Antunes informaram que técnicos da SME trabalham diariamente na elaboração e que as escolas já haviam enviado suas contribuições. Porém, também chegou ao conhecimento do Sindicato que apenas a direção das escolas opinou, fato que os professores entendem como prejudicial, quando são eles que lidam diária e diretamente com o público escolar.

Segundo Gomes, o sindicato ainda não foi convidado para conhecer o documento porque ele está em fase de elaboração e deverá ser apresentado o esboço até a próxima semana, mas acha importante ter a contribuição do Suprema.

Porém, é bom deixar claro, que o posicionamento do sindicato para o retorno das aulas presenciais é somente sob a condição de garantia real de segurança e de saúde. “Não se sabe até quando a pandemia vai durar e antes de toda esta crise na área da saúde, as escolas municipais já apresentavam estado de calamidade tanto para os professores quanto para os alunos. Não assinaremos a sentença de morte de ninguém”, destaca a professora Vilani Oliveira.

Na pauta da reunião também estava a retirado do auxílio-alimentação. Após todas as questões da SME, na tentativa de justificar a retirada do direito, Joana Ferreira ponderou que as despesas continuam elevadas e que a carga horária de trabalho também aumentou, sobretudo para as professoras – maioria da categoria –, que tem de se desdobrar entre cuidar das aulas online, da família e das tarefas do lar. Ou seja, os 400 reais mensais estão fazendo muita falta no orçamento doméstico destes trabalhadores e destas trabalhadoras.

Diante disso, o secretário Marcelo Farais se prontificou em levar a questão novamente ao prefeito na tentativa de sensibilizá-lo.

Por fim, o sindicato deixou claro que não é justo que os professores e os servidores públicos paguem a conta da pandemia.