Prefeitura oferece reajuste de 4% agora e mais 4% em julho para professores. Sindicato repudia

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Imagem da reunião do prefeito com os gestores escolares. Prefeitura prepara emissários de suas propostas. Foto: PMM

A prefeitura de Maracanaú, com a pressão provocada pela deflagração de greve na rede municipal de educação, lançou mais uma proposta de reajuste salarial para os professores. O percentual foi apresentado pelo próprio prefeito Firmo Camurça, em reunião realizada nesta segunda-feira (22) com os gestores escolares.

O Executivo oferece aumento de 4% retroativo a janeiro e mais 4% a partir do próximo mês de julho. Conforme a presidente do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (Suprema), Joana Ferreira, o índice apresentado está muito aquém dos interesses dos funcionários públicos lotados na Secretaria de Educação e muito abaixo da inflação de 2015, que chegou ao patamar de 10,67%. A sindicalista lembrou que o pleito dos professores é de 11,36% e disse mais: “Quem não podia dar além de 4%, já deu mais 4% em julho”, ironiza Joana.

A presidente ainda diz que o sindicato segue lutando, nas negociações e na justiça, por pelo menos 60% dos recursos de precatório do antigo Fundef, não abrindo mão disso, como sugere a proposta da prefeitura de apenas dois salários adicionais este ano utilizando parte desse dinheiro.

Quanto ao Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), os profissionais querem um compromisso assinado imediatamente pelo prefeito mostrando que vai regulamentar o novo PCCR.

Por fim, a dirigente máxima do Suprema convoca os trabalhadores para a greve e afirma que o município ainda tem tempo de negociar e chegar ao demandado pelos educadores. “O movimento continua. Quarta-feira é greve, conforme o calendário que estamos divulgando nas escolas e aprovado em assembleia. A gente vai com tudo, pra cima, em busca dos 11,36%. Então, eu convoco toda a categoria. Todos que estavam na assembleia e quem não estava. Convido todos os professores que eu estou encontrando nas escolas, os que já aderiam a greve e os que ainda estão decidindo se juntar a gente. Comuniquem aos pais, aos alunos, que a greve continua até o momento em que esta categoria decidir em assembleia que aceita ou não qualquer proposta. Vamos à luta!”, enfatiza a presidente.

Repudio as pressões nas escolas

A diretoria do sindicato critica também as pressões que os profissionais estão sofrendo nas escolas, com gestores pedindo que assinem lista com dias em que vão ficar parados ou para que eles chamem assembleia para discutir proposta do prefeito. “Não caiam nas armadilhas e não cedam às pressões que começam a chegar de toda a parte. A greve é um direito legitimado na Constituição, tanto para trabalhadores efetivos, contratados ou em estágio probatório. E mais, vocês não devem assinar nenhum documento relacionado à greve apresentado pela gestão da escola ou a prefeitura. É necessário estarmos atentos e preparados”, disse, em comunicado, a gestão do Suprema.