Maracanaú na mobilização contra a “Reforma” da Previdência

Professoras e professoras da rede pública de ensino de Maracanaú compareceram nesta sexta-feira (22 de março), ao principal ato do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência realizado no Ceará, em Fortaleza. Conforme a organização, 30 mil pessoas foram às ruas na Capital.

Coordenado pelas Centrais Sindicais e com a presença massiva de servidores municipais, o protesto mostrou a contrariedade dos trabalhadores à Reforma da Previdência apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019).

Você sabe o que está em jogo na proposta de Bolsonaro?

  1. Aumentar a idade mínima de aposentadoria para 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
    Criar um sistema de capitalização privada para a população financiar a própria aposentadoria.
    Instituir um tempo mínimo de contribuição de 20 anos ao INSS.

2. Tornar o valor do benefício menor, ao acrescentar os menores salários à média que inspirará o valor final da aposentadoria.

3. Reduzir o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago aos idosos que vivem em situação de extrema pobreza de um salário mínimo (R$ 998,00) para apenas R$ 400,00.

4. Dar fim à multa 40% FGTS dos trabalhadores que se aposentarem e permanecerem na mesma empresa.

5. Acabar com o Abono Salarial do PIS/PASEP para os trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00).

6. Fim do reajuste da aposentadoria e do vínculo ao salário mínimo.

7. Tornar a pensão por morte com valor menor, com redução em até 40%.

8. Dificultar o acúmulo de benefícios e rebaixar o valor recebido pelos trabalhadores que têm direito à pensão e à aposentadoria.

9. Acabar praticamente com o direito à aposentadoria por invalidez permanente dos trabalhadores e trabalhadoras, obrigando-os a contribuir por, no mínimo, 20 anos para receber apenas 60% do valor da aposentadoria.

10. Obrigar os trabalhadores com deficiência a contribuir por, no mínimo, 35 anos.

Os atos foram marcados por paralisações dos trabalhadores nas cidades onde ocorreram as atividades, especialmente as categorias que formam o serviço público. Diversas escolas, universidades e empresas, na capital e no interior, fecharam nesta sexta-feira. A estimativa é de que cerca de 60 municípios cearenses também promoveram mobilizações, e Maracanaú estava nas trincheiras desta batalha.