O sucesso das mobilizações pela educação, em todo o país, em 15 e 30 de maio deste ano, reforçou o chamamento para a greve geral que promete parar o País. Com esse mote, o Suprema em parceria com os demais sindicatos de várias categorias de trabalhadores de Maracanaú, que compõem o Fórum Sindical do município, convoca toda a sociedade maracanauense para além de paralisar suas atividades laborais, participar ativamente do movimento no dia 14 de junho (sexta-feira), a partir das 09h, na Praça da Estação.
A ideia é a paralisação total do País, a exemplo do 28 de abril de 2017, contra a perda de direitos dos trabalhadores brasileiros e pela defesa da Previdência pública e solidária que está sendo atacada pelo projeto de reforma do governo Bolsonaro.
Entenda o que está em jogo na reforma de Bolsonaro
Especialistas em Previdência já comprovaram que o modelo praticado no Brasil é impossível de ser deficitário devido ao seu sistema de arrecadação, onde trabalhador, patrão e governo contribuem. Querendo acabar com esse modelo, a reforma de Bolsonaro, encabeçada pelo Ministro Guedes, não passa de destruição do sistema de seguridade social, sobretudo no que diz respeito ao seu sistema de capitalização individual, que não tem outro intuito a não ser o de agradar banqueiros e grandes grupos financeiros, como o Banco BTG Pactual do Ministro Guedes. Este é o ponto mais preocupante desta ‘reforma’.
Nesse sistema, o trabalhador contribui sozinho e sem garantias para um fundo, que é administrado por grupos privados, o que pode ocasionar em nenhum dinheiro na conta do contribuinte para a aposentadoria. A propaganda oficial do governo afirma que o dinheiro será aplicado em investimentos produtivos, mas não foi isso o que aconteceu nos países onde o sistema foi adotado. Como os grupos tem total autonomia sobre os valores, eles serão aplicados no mercado financeiro. Se o fundo perder, o contribuinte perde junto e sem nenhuma garantia de ter de volta os valores investido na aplicação.
Conheça os demais pontos da reforma da Previdência
1. Aumentar a idade mínima de aposentadoria para 62 anos para mulheres e 65 anos para homens;
2. Criar um sistema de capitalização privada para a população financiar a própria aposentadoria;
3. Instituir um tempo mínimo de contribuição de 20 anos ao INSS. Serão ao menos 40 anos de serviço para receber o benefício integral;
4. Tornar o valor do benefício menor, ao acrescentar a média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, quando os valores eram mais baixos. A média será a base para o valor final da aposentadoria;
5. Reduzir o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago aos idosos que vivem em situação de extrema pobreza de um salário mínimo (R$ 998,00) para apenas R$ 400,00;
6. Dar fim à multa 40% FGTS dos trabalhadores que se aposentarem e permanecerem na mesma empresa;
7. Acabar com o Abono Salarial do PIS/PASEP para os trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00);
8. Fim do reajuste da aposentadoria e do vínculo ao salário mínimo;
9. Tornar a pensão por morte com valor menor, com redução em até 40%.
10. Dificultar o acúmulo de benefícios e rebaixar o valor recebido pelos trabalhadores que têm direito à pensão e à aposentadoria;
11. Acabar praticamente com o direito à aposentadoria por invalidez permanente dos trabalhadores e trabalhadoras, obrigando-os a contribuir por, no mínimo, 20 anos para receber apenas 60% do valor da aposentadoria e
12. Obrigar os trabalhadores com deficiência a contribuir por, no mínimo, 35 anos.