Em negociação realizada na manhã desta sexta-feira, 02 de março, o prefeito Firmo Camurça (PR) ofereceu 2,95% de reajuste salarial, para os professores de Maracanaú, sem retroativo à data base, janeiro. Na prática, foi oferecido apenas a reposição da inflação, com base do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), enquanto a categoria reivindica 6,81%, percentual indicado pelo Ministério da Educação – MEC. O novo valor seria praticado a partir de março.
Após longo período de debate em que o prefeito e seus técnicos apresentaram um apanhado das contas do município, o gestor garantiu a implantação de 0,5% (meio por cento) do PCCR do Magistério. O atendimento deste ponto de reivindicação representará, nas contas de Maracanaú, o montante de 104 mil reais/mês, o que equivale a 1,13% de aumento no orçamento municipal, quando todos os professores estiverem enquadrados no Plano.
Camurça alegou que apesar do crescimento da receita tributária da cidade em 9,31%, houve decréscimo da cota-parte do ICMS de 6,48% e das transferências multigovernamentais de 7,17%, levando o município a um crescimento geral de apenas 1,86%. Porém, as despesas não foram apresentadas.
Alegou ainda que já gasta 99% dos recursos do Fundeb com o pagamento de professores e que os salários dos demais servidores da Educação são pagos com receita própria. Segundo informações dos técnicos, o repasse do Fundo também decaiu em 7,17% , porque houve uma queda vertiginosa no número de matrículas nas escolas.
Como o tempo não foi suficiente para se analisar todos os pontos da pauta, um novo encontro está agendado para o dia 12 de março.
“Nosso desejo é o reajuste estipulado pelo MEC, mas o prefeito não quer dar nem a metade e ainda sem o retroativo a data base, alegando o baixo crescimento da receita do município. Vamos continua insistindo para conseguir o reajuste integral”, comentou Joana Ferreira, presidente do Suprema.