ANTONIETA DE BARROS (1901-1952)
A primeira mulher, e negra, eleita no Brasil — assim sempre será lembrada Antonieta de Barros. Filha de escrava liberta e órfã de pai, Antonieta teve uma infância muito pobre e difícil.
Alfabetizada pelos estudantes que moravam em sua casa — uma pensão fundada por sua mãe para complementar a renda —, ela continuou estudando até se tornar jornalista, professora e política. Suas principais bandeiras eram: educação para todos, valorização da cultura negra e emancipação feminina. Eleita deputada estadual em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, ajudou a elaborar a Constituição do estado em 1935, tendo escrito os capítulos “Educação e Cultura” e “Funcionalismo”. Trabalhou na Assembleia Legislativa de Santa Catarina até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.
Além da militância política, Antonieta foi fundadora e diretora do jornal “A Semana” entre 1922 e 1927, no qual, por meio de suas crônicas, expressava seus ideais, ligados especialmente a educação, política, emancipação feminina e combate ao racismo.
Em 1945 voltou a concorrer a deputada estadual, sendo eleita suplente. Assumiu em 1947 e cumpriu o mandato até 1951. Após lecionar em várias escolas, Antonieta criou seu próprio colégio, do qual foi diretora até sua morte.
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