A assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (21 de fevereiro), deliberou, por ampla maioria, suspender momentaneamente a paralisação e retornar às salas de aula. No entanto, os profissionais permanecem em estado de greve permanente.
A agenda do Suprema permanece. Reuniões com o prefeito e SME, conversa com a comunidade escolar e outras mobilizações devem acontecer até o dia 17 de Março, quando será realizada uma assembleia geral que decidirá os próximos passos do movimento. A data é véspera do ato de paralisação nacional dos servidores (18 de março)e comporá esta agenda de lutas.
Entre as reivindicações, estão a revogação da lei de redução da carga horária, o pagamento das progressões e promoções e a implantação 100% do Plano de Cargos e Carreiras, revogar dispositivos que tratam da nova lei da readaptação de função, o aumento do auxílio alimentação segundo a lei municipal dentre outros. Prefeito já alegou que está aberto ao diálogo, porém adiantou que pautas com impacto financeiro não serão atendidas. No entanto há pontos da pauta que devem ser discutidos e que interferem diretamente na rotina profissional de todos os servidores da Educação, como por exemplo o pagamento de faltas eventuais dos docentes. Os professores solicitam a revogação deste artigo no Estatuto do Magistério e que retorne ao texto anterior, no qual o pagamento das faltas ocorria até o final do ano letivo.
Apoios
A presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares, acompanhada de representantes do Sindicato dos Servidores de Caucaia, também esteve presente à Assembleia para prestar apoio aos professores de Maracanaú, que estão em estado de greve em busca de direitos e valorização.
Não ao desconto no salário
Joana Ferreira, presidenta do Sindicato, alegou que, em todas as paralisações passadas, os dias parados sempre foram renegociados e ajustados ao calendário ao longo do ano letivo.
Alguns professores saíram indignados com a votação,
que contou com três propostas trazidas pelos professores da Base.
O Sindicato Suprema reitera que a proposta escolhida pela maioria da categoria foi decidida de forma democrática. Sendo assim, respeita o voto de todos que participaram deste evento, e continuará seu papel de negociar com a Prefeitura os pontos pendentes.
Segundo Joana Ferreira, o ato de negociar, às vezes, implica em avançar ou retroceder para conquistar vitórias. Iniciamos um belíssimo movimento junto a categoria no qual o prefeito nos daria apenas o INPC de 4,31% e saímos após 5 dias de paralisação e mobilização nas ruas com sol e chuva, inclusive nas redes sociais, com o nosso reajuste salarial concedido pelo MEC segundo a Lei do Piso Nacional de 12,84%, embora parcelado. Foi mais uma conquista da categoria!