Professores de Maracanaú, em estado de greve, paralisam suas atividades

Já é comum à população maracanauense assistir aos profissionais da Educação tomarem as ruas e lutar contra a retirada de direitos no governo de Firmo Camurça. Porém, em 2020 a situação dos professores piorou bastante com o achatamento salarial dos últimos anos e a categoria não está mais disposta a deixar passar toda a desvalorização a qual está submetida ano após ano. A prova disso foi o primeiro dia de paralisação dos professores, nesta segunda-feira (17de fevereiro), em frente à Secretaria de Educação.

Em resposta ao chamado do Sindicato Suprema, professores enfrentaram chuva mais uma vez e compareceram à manifestação que luta por melhores condições de trabalho, reajuste salarial de direito e reconhecimento profissional. Em outras palavras, a categoria exige a reabertura da mesa de negociação e um acordo que permita as reivindicações da categoria serem atendidas.

Com base no relato dos professores, 80% das escolas tiveram suas atividades paralisadas mostrando que professor tem consciência de classe e não aguenta mais ser maltratado e muito menos destratado em um município que não anda dando a mínima para a valorização profissional desta categoria. Ainda mais agora, a reboque das retiradas de direitos institucionalizadas pelo atual governo federal como a Reforma da Previdência que neste momento inicial aumentará a contribuição dos servidores municipais para 14%, a partir de 1º de março de 2020.

O ato saiu em caminhada pelas ruas de Maracanaú denunciando à população a situação em que se encontra a educação do município – o que afeta diretamente toda à sociedade. A compreensão dos pais e das mães dos alunos é essencial para o êxito do movimento que anseia por melhorias. Se os professores estão bem, a Educação também fica bem.

Dando continuidade à agenda do estado de greve, ficou marcado a próxima paralisação para amanhã (18 de fevereiro), a partir das 08h, na Praça da Estação. “Quem não pode comparecer hoje, por algum motivo pessoal, mas faltou a escola e aproveitou a paralisação para resolver algum problema, é importante sua presença amanhã para fortalecer o movimento”, convoca Joana Ferreira, presidenta do Suprema.

O Suprema desculpa-se mais uma vez pelos transtornos que são as paralisações das aulas, mas explica que os professores são tão afetados quanto os alunos porque com desmotivação não é possível desenvolver um bom trabalho, e a única instância que pode ser culpada é a Prefeitura de Maracanaú, na figura do prefeito Firmo Camurça.