Os professores e os demais servidores de Maracanaú foram surpreendidos na manhã desta quarta-feira, 8 de fevereiro, com um golpe que estava sendo conduzido pela prefeitura e pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal.
Um projeto de lei, que reajustaria os salários do magistério em 6% e dos demais funcionários públicos em 4%, foi colocado em discussão em regime de urgência no legislativo. Tais índices são vistos como inadmissíveis, pois o MEC propôs 7,64% como reposição salarial para o magistério e a inflação acumulada de 2016 foi de 6,29%.
A descoberta do caso levou o Suprema a encurtar assembleia da campanha salarial que acontecia também nesta quarta. Os profissionais foram convidados a irem ao parlamento resistir ao conluio do prefeito com os vereadores de situação.
Vilani Oliveira, presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e diretora do Sindicato, foi logo cedo à Câmara tentar reverter a situação e atrasar a votação do projeto, mas não logrou êxito.
Mesmo sob fortes vaias, gritos e muita luta, os vereadores passaram por cima da vontade popular e aprovaram a medida desastrosa. Somente os parlamentares Julio Cezar e Thales do Zoeira foram contra.
Diante disso, as categorias caminham para a definição de um estado de greve e devem programar uma série de atividades contra os vereadores e contra o gestor Firmo Camurça. A primeira mobilização acontece amanhã, dia 9, às 8h, no Gabinete do Prefeito (R. Um, 652 – Novo Maracanaú). Ato público deve repudiar a medida e tentar mediação para o caso.