Pobreza menstrual: uma questão de saúde pública

De acordo com o relatório do Fundo de População das Nações Unidas (FPNU) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado em maio de 2021, o Brasil tem 713 mil meninas vivendo sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa e que faltam a mais de quatro milhões delas itens básicos de cuidados menstruais, ou seja, vivem em situação de pobreza menstrual.

Após o alerta dos órgãos internacionais, algumas gestões públicas no País criaram dispositivos legais para subsidiar a distribuição de absorventes e promover orientações sobre cuidados com a saúde menstrual. No Ceará, tomaram a dianteira municípios como Fortaleza, Caucaia, Santa Quitéria e Jati.  

Jati, aliás, foi a primeira cidade no Ceará a distribuir os absorventes, beneficiando cerca de 250 mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade que passaram a receber mensalmente em postos de saúde e escolas um pacote de absorventes.   

As iniciativas são estimuladas pelo Estado, que sancionou lei, em julho de 2020, uma lei que autoriza a compra e a distribuição de absorventes a estudantes da rede pública estadual. 

No mês de novembro, o Coletivo Marias, organizado por professoras da rede pública de Maracanaú, também criou campanha de arrecadação dos itens de higiene em novembro/21 e vem distribuindo desde o início de janeiro/22, muitas comunidades já foram contempladas, mas o que se espera da prefeitura de Maracanaú é uma política pública que torne permanente a iniciativa de modo a ajudar nossas mulheres e pessoas que menstruam.