Documento assinado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Frente Parlamentar Mista da Educação, Frente Parlamentar em Defesa da Escola Pública e em Respeito aos/às Profissionais da Educação e Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público ratifica direito à atualização salarial dos professores em 33,23% em 2022. A nota técnica foi publicada na noite desta segunda-feira (24).
O pronunciamento conjunto dos órgãos é mais um importante passo na luta em defesa da Lei do Piso Salarial do Magistério e do mecanismo de reajuste salarial dos profissionais previsto na legislação citada, que vem sendo ameaçado pelo Ministério da Educação de Bolsonaro e por associações de prefeitos.
A defesa do reajuste dos professores foi dividida em três pontos:
- A constitucionalidade da Lei nº 11.738/2008. Através de uma série de argumentos jurídicos muito bem fundamentados, assinantes da nota provam que são descabidas as alegações do MEC e CNM sobre a suposta perda de eficácia da lei do piso. Com isso, ratificam que o reajuste do magistério é mesmo 33,23%.
- A necessidade — obrigatoriedade — de atualização do piso nacional. Neste ponto, fica esclarecido que, mesmo com revogação parcial da Lei nº 11.494/2007, piso dos professores deve ser atualizado a partir de primeiro deste mês de janeiro. Tal ponto é defendido também com amplos argumentos baseados na lei.
- Relevância dos mecanismos de valorização da carreira de magistério. Neste último e terceiro ponto, nota destaca discrepância entre remuneração dos profissionais da educação e de outros com a mesma escolaridade. Para tanto, cita Meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE):
“Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.”
Acesse o documento, na íntegra: Nota esclarecimento – Piso Salarial Professores – Versão Final
É preciso fortalecer a luta
Com ainda mais aliados, que representa parcela considerável dos mandatários com assento no Congresso Nacional, sindicatos de servidores e professores municipais devem intensificar a luta pelo reajuste de 33,23%. O posicionamento oficial desses órgãos também é importante reforço jurídico para que a correção salarial do magistério seja cumprida. É preciso apresentar a Nota Oficial aos prefeitos e prefeitas e garantir a reposição da categoria.