O acirramento com a demora da Prefeitura de Maracanaú em apresentar resposta à pauta de reivindicações dos profissionais de educação da cidade, mesmo depois de transcorrido mais de um mês do início da campanha salarial, foi o motor para que os professores representados pelo Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (Suprema) deflagrassem estado de greve a partir do dia 20 de janeiro de 2016, em massiva Assembleia Geral, com mais de 600 educadores.
Registramos, para conhecimento, como indicativo da gravidade da situação, que o próprio prefeito Firmo Camurça desmarcou reunião de negociação com o sindicato, previamente agendada para o dia 19 de janeiro e divulgou texto onde apresenta argumentos contrários ao reajuste de 11,36% orientado pela Lei do Piso Nacional Magistério para os professores públicos de todo o Brasil.
Outras demandas também constam na minuta da campanha salarial, tais como as perdas salariais acumuladas de 2011 a 2015, quando a gestão municipal ofereceu reajuste inferior ao que era orientado pelo Ministério da Educação; proposta do fim dos sábados letivos; reajuste do auxílio alimentação; e crescimento salarial para os secretários escolares.
Além disso, a gestão tem dirigido comunicados aos professores, avisando que descontará os dias em que os professores apresentarem falta por estarem nos movimentos organizados pelo Suprema. O que repudiamos veementemente, tendo em vista que isto ataca a liberdade de autonomia e organização sindical dos trabalhadores, assegurada pela nossa Constituição Federal.
O ato de hoje, assim como toda a agenda de lutas construída pelo Sindicato, que está percorrendo os quatro cantos da cidade, representa um alerta para a Prefeitura, no sentido do atendimento imediato das propostas apresentadas pelos docentes e a defesa da educação pública, gratuita, democrática e de qualidade.
Suprema! Na defesa dos profissionais da educação, na defesa dos professores e professoras municipais e da educação pública. Contra o contingenciamento dos recursos da educação e contra a opressão que penaliza apenas os trabalhadores.
Maracanaú, 28 de janeiro de 2016.