O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema), como entidade classista que defende a liberdade, a democracia, os direitos sociais e a educação pública, gratuita e de qualidade, manifesta seu posicionamento em relação ao gravíssimo momento político e da conjuntura eleitoral que aflige o nosso país.
O Suprema, em seus 27 anos de existência, tem exercido relevante papel na defesa dos interesses dos profissionais da Educação de Maracanaú, o que perpassa as paredes do sindicato, numa produção significativa de conhecimento, desenvolvimento da educação do município, defesa da escola pública, da liberdade de expressão e da democracia. Desse modo, fazendo jus a esta trajetória de luta e de respeito à Educação, rechaça e repudia veementemente qualquer discurso de ódio e práticas conservadoras e extremistas que não passam de retrocesso em relação às conquistas sociais que o Brasil galgou nos últimos anos.
Não resta mais ao povo brasileiro a alternativa de escolher candidato A ou B, e sim de optar pela Democracia ou pelo Fascismo. Como se já não fosse suficiente a crescente onda de violência, ainda nos deparamos com um candidato que apresenta uma campanha permeada pela intolerância política e religiosa, com atitudes explicitamente fascistas de apologia à tortura e à ditadura, expressão de ódio aos adversários, lgbtfobia, misoginia e racismo, bem como a disseminação de falsas notícias, sobretudo no whatsapp, além de ataques organizados por grupos ligados à ultradireita, como se estivessem hipnotizados e cegos de ódio. Sem mencionar que as declarações de que o candidato fascista, se eleito, pretende implementar o ensino à distância, a partir da idade infantil, além de ataques levianos à figura de Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira, o que casa perfeitamente com à adoção do Projeto “Escola Sem Partido” e à Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os gastos públicos com Saúde e Educação.
Por outro lado, encontramos um projeto bem estruturado para o país. Um plano de governo que contempla um Estado forte, para promover o desenvolvimento, gerar empregos com valorização do salário mínimo, onde todas as minorias e a população carente encontram-se contempladas. Um projeto para evitar a barbárie que está batendo à porta do Brasil.
Portanto, como profissionais da educação e classe trabalhadora, entendemos que entre as duas opções não nos deixa outra alternativa, se não a de um posicionamento firme contra quaisquer formas de fascismo, em especial nesse grave momento em que a Democracia brasileira está ameaçada, e com isso também os Direitos Humanos e Ambientais, os Movimentos Sociais e Sindicais, o que recai sobre a já precária escola pública, que pretende promover Estado mínimo, além de privatizar todas as estatais no menor espaço de tempo possível.
Por fim, o Suprema convoca todos os servidores da Educação de Maracanaú, bem como a sociedade maracanauense, para unir forças e lutar contra o ódio, o retrocesso, a intolerância, o preconceito, o autoritarismo, o extremismo e quaisquer formas de fascismo existente ou que possam vir a existir. Nosso convite é para que juntos possamos reconstruir o Brasil. Trazer de volta o nosso país que avançava de forma democrática para se tornar igualitário, que respeita as diversidades, os movimentos sociais, e que garante direitos humanos a todos, de modo que o amor, possa vencer o ódio.
