Joana Ferreira é uma mulher de fibra e de muita luta

Não há como falar da nossa Joana D´arc Ferreira Lopes, sem fazer referência à lendária Joana Darc, a guerreira francesa santificada. Ambas devotas de Cristo, de fé inabalável, determinadas, firmes e vencedoras.

Joana Lopes nasceu em 8 de fevereiro de 1964, em Senador Pompeu. Mulher de ideais fortes na luta pela educação de qualidade fez história e deixou sua marca no município de Maracanaú.

No ano de 1991, Joana ingressou na rede pública de ensino, com um contrato temporário, sendo umas das primeiras jardineiras na pré-escola no bairro Jatobá, em Maracanaú. Em 2009, tornou-se servidora municipal pela aprovação em concurso público.

Seus primeiros movimentos na luta ocorreram após um ano e meio do seu ingresso no município. Devido às abusivas retiradas de direitos, culminando na suspensão de vales transportes dos professores, surge neste período a Joana Guerreira.

Participando de sua primeira assembleia para deliberação de greve, ela conheceu o Suprema. Já grevista, Joana veste a blusa da luta e da justiça, sendo ativamente colaboradora nas negociações de mãos dadas com o Sindicato. Enfrentando o machismo e a resistência de seu companheiro, mostrou-se forte e resistente ao se deparar com inúmeros desacordos e incoerências na gestão do então prefeito Júlio César.

Sua inabalável fé a erguia, e o desejo de lutar em prol e junto da categoria tornava-se mais e mais um ideal.

Em 2005, participou de uma caravana nacional em Brasília agregada ao comboio do Sindicato Suprema. Com atuação brilhante, é convidada pela Professora Vilani Oliveira a compor chapa para dirigente desse mesmo sindicato. Em 2006 é empossada, e entendendo que os direitos eram negados, o punho deveria ser forte. Assim, movimentos paredistas permearam sua vida sindical, dos quais o mais importante e emblemático foi a paralisação de três meses e meio, para a garantia dos vales transportes, que culminou na greve de fome de cinco professores do movimento, incluindo ela.

Com repercussão nacional, a greve foi reportagem no maior jornal televisivo do país. Deu-se como efeito a continuidade das negociações, tornando o Suprema, unido à categoria, vitorioso na batalha, com o direito aos vales transportes restabelecido.

Joana esteve à frente do Suprema por três gestões consecutivas. Mulher de fibra, negra, honesta, fiel à sua fé, filha devotada, mãe protetora e avó de Bento Miguel (seu xodó) merece todo nosso reconhecimento, por tudo que representa. Sua construção deixou para os dias de hoje o ensinamento de que todos somos capazes de lutar e guerrear contra um sistema que oprime. Ela batalhou e venceu!