Embora ainda distante da realidade populacional brasileira, o número de pretos e de pardos eleitos para prefeituras subiu para 32% do total. Quanto às mulheres, dados oficiais mostram que 12,2% terão prefeituras comandadas por mulheres, sendo que este número ainda pode subir porque também há disputa no segundo turno. Em 2016 o número de mulheres eleitas para o executivo foi de 11,57%.
As eleições de 2020 marcaram a estreia da regra que obriga os partidos políticos a distribuir de forma proporcional a verba pública de campanha entre os candidatos brancos e negros.
Os resultados mostram que os pretos e pardos tiveram um avanço na eleição para prefeitos, embora o desempenho ainda esteja longe de refletir o retrato da população brasileira, com 32% dos prefeitos eleitos no primeiro turno, em todo o país. Os brancos somaram 67%, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Apesar do crescimento, o resultado ainda está bem distante de refletir a divisão entre negros e brancos na população brasileira —56% são pretos e pardos— e entre os próprios candidatos lançados —50% foram negros, 48%, brancos. Quanto às mulheres, o avanço foi mais tímido no primeiro turno. Elas passaram de 11,7% do contingente de prefeitos eleitos em 2016 para 12,1%, aponta reportagem da Folha de São Paulo.
Cresceu também a presença de mulheres e negros nas disputas de segundo turno, ou seja, das maiores e mais importantes cidades do país.