No final da tarde desta quinta-feira (19), o Coletivo de Mulheres do Suprema se reuniu, na sede da entidade, para definir e traçar as atividades que serão realizadas ao longo de 2018. O encontro foi conduzido por Joana Ferreira, presidenta do Suprema; Vilani Oliveira, presidenta da Confetam/Cut e da convidada, Carmem Santiago, Secretária Geral da Cut/Ce.
Nívia Marques, Karine Santana e Georgianne Rocha formam a coordenação eleita na tarde de ontem. As coordenadoras se comprometeram a cuidar das próximas ações e já estão articulando uma formação para o encontro do dia 02 de maio. Também ficou estabelecido que o Coletivo está aberto a todas as interessadas.
De acordo com Vilani Oliveira é essencial a presença de todas para engrossar as fileiras do enfrentamento do retrocesso, que o novo modelo de governo brasileiro quer impor às mulheres. “Unificar a mulherada do mundo do trabalho é fortalecer a luta em defesa de nossos direitos. É preciso dá vazão e conscientizar toda a classe trabalhadora de que nós somos as mais afetadas com todas as medidas em curso”, explica.
A ideia nasceu da necessidade de um espaço para debater questões específicas das mulheres, como a violência contra a mulher, assédio moral e sexual, maternidade, sexualidade, sobretudo nas escolas de Maracanaú, além de fortalecer a visão política do gênero feminino.
Carol Andrade fala que é preciso trazer para o debate a necessidade do combate à violência contra a mulher e demais atitudes que desrespeitam a dignidade e a integridade física e mental de cada uma, além de receber e acolher mulheres. “Eu conheço mulheres que estão sofrendo de depressão pela falta de compreensão da própria família”, desabafa.
O coletivo já conta com um grupo de aproximadamente 30 mulheres no WhatsApp, e espera engajar um número bem maior de interessadas na temática do empoderamento. Antes da primeira reunião, uma ação já havia sido definida no grupo, a troca de experiência com leitura feminista. “Eu trouxe três livros que gosto bastante para dividir com as companheiras. A ideia é fazer uma grande rede, até que todas tomem consciência da importância do feminismo”, aponta Nívia Marques, uma das coordenadoras.
A reunião do coletivo de mulheres do Suprema acontece na primeira quarta-feira de cada mês, às 17h30, na sede do sindicato.