Nós, professores de Maracanaú, informamos que continuaremos de paralisação até sexta-feira, dia 21/02/2020, a fim de sensibilizar o prefeito Firmo Camurça a melhorar sua proposta de negociação, que foi rejeitada pela categoria em assembleia.
Queremos explicar também à população de nossa cidade que estamos há 8 anos com esse Gestor e depois de começarmos o ano já paralisando, é a primeira vez que ele nos concede um reajuste salarial de acordo com o piso nacional dos professores em todo o Brasil, uma lei federal. No entanto, enquanto 106 municípios pagaram o valor de 12,84%, a Prefeitura quer nos pagar parcelado, 4,31% em março, a outra, 8,53% em setembro, para receber em outubro, e sem retroativo, levando em consideração as perdas que já somam pelo menos 32% em oito anos.
A categoria está em estado de greve, ou seja, NÃO É GREVE. Estamos na luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os funcionários da educação têm na vida da população maracanauense. Queremos melhores condições de trabalho e melhoria também para nossas crianças e é na rua que temos vez e voz. Estamos levando sol e chuva para denunciar o tanto descaso com nossa categoria, porque não adianta ir nas redes sociais e se mostrar um bom gestor, quando por trás retira nossos direitos, categoria essa já tão prejudicada pelo exercício do trabalho que tem um rotina estressante e que adoece da voz, do corpo e da mente. Além do mais, leis como o novo Estatuto do Magistério, Lei da Restrição/ Readaptação dentre outras votadas por essa Câmara de vereadores e aprovada pelo prefeito trazem artigos que prejudicam os professores e retiram direitos históricos como redução da carga horária, gratificações incorporadas, dificultando ainda mais o trabalho desses valorosos profissionais.
O que levou a categoria também ao limite do estresse e perda da paciência e paralisar suas atividades esses dias, foi a Prefeitura de Maracanaú ainda não ter implantado o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos professores, documento que garante: a valorização do trabalho a cada 2 anos (progressões) e seus títulos (diplomas).
O prefeito usa sempre a mesma fala: Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Mas só mostra que uma cidade governada por um gestor que gasta mais receitas que recebe, através dos impostos arrecadados, precisa de mudanças. Estamos sem esperança nesse município. Aqui não somos nem respeitados nem valorizados e nosso município apresenta os melhores resultados na educação de nossos alunos. Prêmios e projetos de excelência temos a oferecer. Contamos com a compreensão de todos vocês e por fim, pedimos desculpas pelo transtorno e convidamos todos a se juntarem na luta iniciada pelos professores. O prefeito Firmo não nos deu alternativa. Pressionem nas redes sociais do prefeito e de seus vereadores. Ajudem-nos e essa luta terá um final breve e positivo.
Sexta, 21/02/2020, às 8h na Praça da Estação, a categoria decidirá se haverá greve. Esperamos que o prefeito não prefira ver seus professores dando aula na rua. Nossos alunos estão esperando por nós. E nós queremos logo retornar. Nosso muito obrigado!