O dia 3 de outubro foi bastante agitado em Maracanaú, com o início da greve dos Professores de todas as escolas da rede municipal de ensino da cidade. A categoria realizou Ato em defesa de direitos dos profissionais de Educação e da imediata implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) do Magistério.
A concentração foi em frente a Secretária de Educação e mostrou que o prefeito Firmo Camurça está enganado quando afirma que apenas o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) está reclamando as pautas descumpridas da campanha salarial de 2016, o que pôs fim aquela greve.
As palavras de ordem foram: “Professor na rua, prefeito a culpa é sua” e “Prefeito deixe de blá, blá, blá. PCCR já” e podiam ser ouvidas de longe durante a passeata que percorreu as ruas de Maracanaú. No percurso, houve parada na Secretaria de Administração e Finanças e em algumas escolas, momentos em que novos adeptos se juntaram ao ato. Houve também professores em carros, em motos, em bicicletas e sobretudo a pé, uma multidão era vista de longe, bloqueando as ruas e chamando a atenção da população.
Durante as paradas nas escolas, foi descoberto que algumas escolas estavam supostamente funcionando, o que significa dizer que as crianças estavam sendo acompanhadas por monitores e em muitos casos por porteiros e merendeiras, tudo para desqualificar o movimento, dando a falsa impressão às famílias de que a greve não está acontecendo.
A agenda entrou pela tarde, e no horário marcado mais profissionais de educação compareceram à Assembleia que formou-se no colégio 7 de setembro, no Bairro Pajuçara. Na oportunidade, os trabalhadores ratificaram a greve e a resistência na luta por direitos.
É importante destacar que Maracanaú possui o segundo maior Produto Interno Bruto do Estado, além da segunda maior arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços do Ceará, ficando atrás apenas de Fortaleza. E que mesmo diante destes dados, a Educação vive em estado de desvalorização, sobretudo no tocante aos professores, que além de trabalhar em locais precários, não podem pensar em ascender na carreira porque o PCCR ainda não foi instituído pelo Executivo da cidade.
Fotos: Marcos Adegas