A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 17 de dezembro, a regulamentação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Após grande pressão dos movimentos social e sindical, que mobilizaram a sociedade e os congressistas, foi rejeitado o repasse de até 10% dos valores (R$ 16 bilhões) para escolas privadas ligadas ao Sistema S e às confessionais, comunitárias e filantrópicas. Com isso, a destinação dos recursos será somente para o setor público, como previa o texto original.
Por Com 470 votos, 15 contrários, e uma abstenção prevaleceram os entendimentos construídos nesta semana no Senado, que retomava os pressupostos do relatório do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES). “Fico feliz que o Senado retomou o texto original, que foi aprovado por unanimidade aqui nesta Casa”, disse o relator.
O acordo para a aprovação foi costurado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que foi duramente pressionado pela oposição. O Governo Bolsonaro tentou impedir a votação e o Novo foi o único partido que orientou a bancada a votar contra a medida.
“Com isso, a mobilização popular derrotou de novo o Governo Bolsonaro e aprovou o texto do Senado com 100% dos recursos do Fundeb para a educação pública! Vitória de todas e todos que defendem a Educação Pública”, destaca Vilani Oliveira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam).
Entre os principais elementos do texto, a reserva de mais recursos para a educação básica. O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) lembrou que o aumento dos recursos do Fundo, por meio da PEC 15/15, foi muito celebrado pelo Brasil inteiro. Para ele, os recursos devem ser mantidos no setor público, que ainda é muito carente. “O custo aluno é muito baixo, é só comparar com uma escola particular”, destacou.