Na noite desta terça-feira (14 de janeiro), o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) realizou uma importante plenária da educação para debater a proposta de reforma da previdência apresentada pelo município. A reunião, conduzida pela presidenta do Suprema, Nívia Marques, contou com as colaborações da vice-presidente Elza Sales e do assessor jurídico da entidade, Artur Munhoz.
Durante o encontro, foram expostos os principais pontos da proposta, que, segundo a liderança sindical, apresenta pontos que impactam diretamente os direitos das(os) servidoras(es) municipais. Nivia Marques destacou que a reforma representa uma ameaça às conquistas da categoria, inclusive das(os) aposentadas(os), e apontou a necessidade de mobilização coletiva para resistir às mudanças.
A vice-presidente Elza Sales, que também é membra do Conselho do Instituto de Previdência de Maracanaú (IPM), destacou que o texto da proposta já está sendo estudado no conselho, e chamou atenção para as novas regras que impactarão as aposentadorias. Segundo ela, o aumento no tempo de contribuição e as alterações nas idades mínimas para se aposentar são exemplos de mudanças prejudiciais que afetam diretamente as(os) servidoras(es): “Precisamos lutar para que essas novas regras não nos sacrifiquem ainda mais que já enfrentamos tantas dificuldades”.
Artur Munhoz, assessor jurídico do Suprema, explicou os detalhes técnicos da proposta e os riscos envolvidos. Ele reforçou que, por se tratar de uma alteração na Lei Orgânica do Município, o texto não pode ser votado antes de 30 dias, o que oferece tempo para que o ramo das e dos municipais articulem ações de resistência.
Como encaminhamento, a plenária definiu a manutenção de um estado de alerta da categoria, com o objetivo de demonstrar força e descontentamento com a proposta da reforma. A presidenta do Suprema enfatizou que a mobilização é essencial: “Este é um momento de luta. Precisamos mostrar que não aceitaremos medidas que prejudiquem nossos direitos sem resistência.”
Além disso, o sindicato já vem articulando diálogos com outras entidades, o legislativo e órgãos municipais para fortalecer o movimento. Nivia Marques destacou que essas parcerias são fundamentais para construir uma oposição sólida à proposta.
Outro ponto importante foi a definição do lançamento oficial da campanha salarial 2025, que acontecerá no dia 23 de janeiro, a partir das 15h, em frente à Prefeitura de Maracanaú. A ação será um marco para reforçar a insatisfação da categoria e exigir a valorização das(os) servidoras(es).
O Suprema encerrou a plenária reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos das(os) professoras(es) e convocando a categoria a participar ativamente das próximas ações. A expectativa agora é de que as(os) profissionais em educação mantenham o estado de alerta e ampliem a pressão sobre o legislativo e o executivo municipais para garantir um debate mais justo e transparente sobre o tema.