Na tarde desta quinta-feira (23 de janeiro), o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (SUPREMA) deu início à campanha salarial 2025 com o tema “Quem cuida da educação somos nós” com uma assembleia que reuniu a categoria. A presidenta Nivia Marques abriu os trabalhos apresentando a pauta da campanha e destacou a conquista do reajuste salarial linear de 7% (acima do percentual estabelecido pelo MEC) que será pago ainda em janeiro. A pauta foi submetida à votação, sendo aprovada por ampla maioria, com apenas uma abstenção.
Impactos da reforma da previdência em debate
A vice-presidenta Elza Sales trouxe para o debate os impactos da reforma da previdência que está em curso no município. Ela explicou que mesmo com a dedução do imposto de renda, as alíquotas previdenciárias sofrerão aumento que impacta na vida financeira do servidor(a). Elza ainda trouxe ao conhecimento da categoria a mudança nas idades e tempo de efetivo exercício do servidor no serviço público, enfatizando a importância de a categoria ler os pontos da mensagem da proposta da reforma da previdência.
O assessor jurídico Artur Munhoz reforçou as críticas à reforma, classificando como “absurdo” o fato de os servidores terem que contribuir mais do que o próprio município, que ficou com uma alíquota de apenas 17%. Munhoz também apontou que a aprovação da reforma foi feita sem avaliação do Conselho do Instituto de Previdência Municipal (IPM) ou diálogo com os sindicatos de servidores.
Mobilização e estratégias contra os retrocessos
Em meio às discussões, Nivia trouxe uma boa notícia: o presidente da Câmara, Rafael Pessoa, juntamente com outros vereadores, concedeu um prazo de 20 dias para que possamos construir uma contraproposta. Diante disso, a presidenta destacou a necessidade de união da categoria para minimizar os danos da proposta.
Duas estratégias foram colocadas em votação durante a assembleia:
1. Elaborar a contraproposta no prazo de 20 dias concedido pela Câmara, produzindo materiais, conscientizando a base e realizando visitas às escolas;
2. Realizar paralisações pontuais enquanto o novo texto é elaborado.
A proposta 1 foi aprovada pela maioria, e Nivia pediu empenho dos servidores para lutar contra os retrocessos da reforma, ao mesmo tempo em que o sindicato constrói uma alternativa ao texto atual.
A assembleia reforçou o papel do sindicato como protagonista na defesa dos direitos dos trabalhadores e encerrou com a convocação de toda a categoria para se manter unida e mobilizada nos próximos dias.