Os agressores invadiram o trio elétrico contratado pela Fetamce e sindicatos de servidores filiados, que seria um dos carros de som do movimento. Eles não aguardaram o fornecimento de pulseiras de acesso, já que o nome de representantes das entidades estava na lista de pessoas autorizados a subir no veículo, e, liderados por Ana Paula e Martinha Brandão, presidenta licenciada do Sindsaúde, acompanhadas de grupo de homens, alguns armados, usaram a força. Foram tapas, murros, empurrões e ameaças, que atingiram não só dirigentes da Fetamce e sindicatos, mas funcionários e seguranças que fariam o apoio ao movimento.
Já “comandando” o carro, as duas “lideranças”, que eram pra estar licenciadas de suas funções sindicais, iniciaram o movimento, reproduzindo novas agressões verbais e insultando a multidão a expulsar do ato dezenas de representantes sindicais e profissionais da enfermagem de Fortaleza e da Região Metropolitana que ali estavam presentes. Em um evidente movimento de censura, autoritarismo e fascismo, Ana Paula e Martinha diziam que Fetamce e a CUT, que possuem centenas de milhares de profissionais de enfermagem em suas bases, não seriam legítimas para estarem no protesto. Na verdade, elas, enquanto candidatas, é que estavam violando a lei eleitoral.
A Fetamce e seus mais de 160 sindicatos filiados repudiam a selvageria e irracionalidade, ainda mais vinda de supostas lideranças e entidades sindicais, que foram organizados e preparados, inclusive armados, para tentar inviabilizar a presença das representações do ramo dos servidores municipais do Ceará e causar conflito.
São lamentáveis os atos observados na manhã desta sexta-feira, que deveria ser marcada, unicamente, pela beleza e força da luta dos profissionais da enfermagem do Ceará.
Mas tudo isso não ficará impune. Todos os agredidos se encontram neste momento no 2º Distrito Policial, prestando boletim de ocorrência. A assessoria jurídica da Fetamce já acompanha o caso e, após os procedimentos policiais, tomará as demais medidas cabíveis.
Neste momento de extrema dor e indignação, convocamos todas e todos a se juntarem conosco numa corrente de solidariedade. O arbítrio e a opressão não podem prevalecer. A luta da enfermagem não tem dono, nem donas. Lutamos por um Brasil livre, democrático, onde todas e todos possam, como diz a nossa Constituição, se manifestar livremente. Os tempos dos ditadores vão passar e a liberdade vai voltar a sorrir!