Assembleia delibera indicativo de greve da categoria caso prefeito não negocie

Na manhã desta terça-feira (01 de fevereiro), profissionais em Educação da rede pública de Maracanaú lotaram a Praça da Estação, para a assembleia geral de lançamento oficial da Campanha Salarial 2022. Com o slogan “Unir, Organizar e Lutar – Serviços públicos de qualidade, democracia e direitos já”, a campanha foi idealizada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e disponibilizada a todos os sindicatos, onde os servidores públicos municipais da base da instituição estão organizados.

Assembleia lotada é sempre sinal de força da categoria e confiança em seu sindicato. Uma pauta enxuta e concisa foi construída em conjunto com Delegados de Base e em reuniões setoriais com a categoria, e aprovada por unanimidade pela categoria presente ao ato. 

A principal reinvindicação da Campanha Salarial é o reajuste salarial linear de 37,75% (4,52% do IPCA 2020 + 33,23% do Piso Nacional do Magistério 2022) para todas(os) as(os) profissionais em Educação, devido ao reajuste zerado no ano de 2021, deliberado pelo governo federal. A pauta completa, com os 37 pontos, foi protocolada hoje (01) na Secretaria de Educação e no Gabinete do Prefeito.

A assembleia deliberou novo encontro para a próxima sexta-feira (04 de fevereiro), às 15h, no CVT, com indicativo de greve, caso o prefeito não se manifeste acerca das reivindicações da categoria.

Conheça a pauta que foi aprovada por unanimidade pela categoria:

  1. Reajuste Salarial linear de 37,75% (4,52% do IPCA 2020 + 33,23% do Piso Nacional do Magistério 2022) para todas(os) as(os) profissionais em Educação;
  2. Retorno da data base para janeiro;
  3. Apresentação de um cronograma de evolução dos percentuais até a implementação total do PCCR;
  4. Assinatura dos Decretos que regulamentam as avaliações funcionais para as progressões por nível e por referência, e as promoções.
  5. Pagamento das Progressões por Titulação dentro do ano de 2022;
  6. Alteração no PCCR, tornado a progressão por nível (Titulação) automática;
  7. Alteração no PCCR para a inclusão dos Secretários Escolares; Instrutores, Intérpretes e Tradutores de Libras;
  8. Redução em 50% a Carga Horária das(os) servidoras(es) da Educação com filhas(os) com deficiência;
  9. Plano de reestruturação das Escolas (estrutura física; contratação de pessoal; aquisição de insumos);
  10. Liberação dos diretores sindicais (1x por mês) e dos delegados de base (1x por bimestre) pra reuniões do Suprema;
  11. Retorno do desconto em folha das mensalidades dos filiados ao Suprema;
  12. Assegurar o cumprimento da Lei 1.782 de 26 de dezembro de 2011 que institui o 1/3 de atividade extraclasse;
  13. Elaboração de um Plano de Ação pela SME de combate ao assédio moral, assédio sexual e às violências racial, de gênero e lgbtfóbica nas escolas;
  14. Realização de Seleção Pública para profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE);
  15. Qualificação da Educação Especial com formações regulares e suporte para todas(os) as(os) profissionais dessa área, incluindo instrutores, intérpretes e tradutores;
  16. Implementação do Planejamento Pedagógico para os Instrutores, Intérpretes e Tradutores e revezamento de profissionais durante as aulas;
  17. Efetivação de uma Política de acessibilidade nas Escolas;
  18. Apresentação e execução do Plano de Apoio à Saúde (SME, SRHP e SAS) para os profissionais de Educação, previsto no Art. 43 da lei 2.833 de 2019, Estatuto do Magistério;
  19. Realização de processo seletivo e eleição para a escolha do Núcleo Gestor;
  20. Fim do teto do auxílio-transporte para os profissionais em educação;
  21. Revogação da Lei nº 1.929 de 26 de dezembro de 2012 e da Lei nº 445 de 19 de setembro de 1995, que tratam da readaptação/restrição de função;
  22. Realização de concurso público para a função de Secretário Escolar e de Auxiliar Administrativo;
  23. Criação do IPM Saúde com objetivo de oferecer assistência à saúde dos servidores ativos e inativos;
  24. Pagamento dos aposentados pelo IPM de acordo com o calendário da Prefeitura;
  25. Assegurar a redução de carga-horária por tempo de serviço e por idade, suspensa em 2016, incluindo os gestores e técnicos da Secretaria de Educação;
  26. Desenvolvimento de um programa de reconhecimento e valorização dos Profissionais aposentados;
  27. Revogar a Lei nº 2.606/2017 de 13 de abril de 2017, referente à licença prêmio;
  28. Criação de um programa de formação continuada para os profissionais de Apoio Pedagógico;
  29. Formulação de uma política de valorização dos profissionais de Apoio Pedagógico, que contemple uma mostra de ações exitosas;
  30. Incorporação proporcional das gratificações do núcleo gestor;
  31. Garantia de um gestor financeiro em todas as escolas;
  32. Isonomia salarial e de direitos para as/os professores temporários;
  33. Execução de uma política de Educação de Jovens e Adultos integrada, promovendo o incentivo da participação através de parcerias com Organizações Não-governamentais;
  34. Condições de trabalho e de infraestrutura adequadas nos centros de educação infantil; 
  35. Transparência no processo de liberação dos professores para cursar mestrado e doutorado;
  36. Criação do cargo de professor(a)/coordenador(a) de área – 100h em sala e 100h em planejamento pedagógico/articulação;
  37. Construir o calendário letivo democraticamente com a categoria a cada ano.