Na última quinta-feira, 21 de agosto, durante o Encontro de Representantes de Base, o Sindicato Unificado das e dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (SUPREMA) lançou oficialmente a campanha “Por uma Educação Democrática”, iniciativa que reafirma o compromisso da entidade com a defesa da escola pública como espaço de liberdade, diálogo e construção coletiva do saber.
A campanha surge em um momento marcado por debates e pressões em torno do papel da educação. Enquanto determinadas propostas tentam reduzir a escola a um ambiente de disciplina rígida e controle de condutas, o SUPREMA afirma, por meio desta ação, que a educação deve ser espaço de pensamento crítico, acolhimento e formação cidadã.
“Não se trata apenas de reagir a iniciativas autoritárias, mas de afirmar, com clareza, que a escola pública é lugar de democracia, diversidade e participação. É nela que se formam sujeitos livres, conscientes e solidários”, destacou a direção do sindicato durante o lançamento.
O que defende a campanha
A campanha “Por uma Educação Democrática” articula diferentes frentes de ação que vão desde a mobilização dentro das escolas até a incidência em políticas públicas. Entre as principais bandeiras estão:
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A escola como espaço de democracia, liberdade e formação crítica;
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Gestão escolar participativa, com envolvimento de educadores(as), estudantes e famílias;
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Autonomia pedagógica e valorização do trabalho docente;
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Respeito à diversidade e uso da escuta como ferramenta de enfrentamento à violência;
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Investimentos estruturais e valorização das(os) profissionais da educação.
Eixos de mobilização
Ao longo dos próximos meses, a campanha será desenvolvida em múltiplos eixos. Estão previstas rodas de conversa, oficinas, murais e materiais gráficos, como cartazes e camisetas, para ampliar o debate nas escolas. Além disso, haverá produção de conteúdos digitais, ações públicas de denúncia contra práticas autoritárias no cotidiano escolar e articulações com fóruns e conselhos para influenciar políticas educacionais locais.
Outro ponto central será a formação crítica da categoria, com espaços de estudo sobre democracia, currículo emancipador, gestão escolar e direitos educacionais, além do diálogo com famílias para fortalecer a compreensão de que uma escola democrática é também uma escola mais justa e inclusiva.
Educação como ato de liberdade
Com uma linguagem direta, afetiva e mobilizadora, a campanha aposta em slogans que traduzem seu espírito, como:
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“A escola é lugar de voz, não de silêncio.”
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“Educar é cultivar autonomia, não impor obediência.”
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“Educação se faz com diálogo. Sempre com diálogo.”
Essas frases estarão presentes em murais, faixas, cards para redes sociais e outros materiais de impacto, reforçando o chamado coletivo em defesa de uma educação transformadora.
Compromisso coletivo
Para o SUPREMA, a luta por uma escola democrática é também a luta pela democracia no país. “A pergunta que nos guia é: de que tipo de escola nossas crianças e adolescentes precisam? A resposta está na ação coletiva, no afeto e no compromisso com a emancipação social”, reforçou a direção.
Com a campanha, o sindicato pretende fortalecer a resistência pedagógica, valorizar experiências já existentes nas escolas e mobilizar profissionais da educação, estudantes, famílias e a sociedade em geral em torno da defesa de um projeto de escola viva, plural e comprometida com a justiça social.