Jucélia Vargas é eleita presidenta da Confetam/CUT com 280 dos 290 votos válidos

Com 280 dos 290 votos válidos, a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (SC), Jucélia Vargas, atual secretária-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), foi eleita presidenta da entidade pelos próximos quatros anos. Cícera Batista, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curimataú e Seridó (PB) e atual secretária de Comunicação e Imprensa da Confetam/CUT, foi eleita vice-presidenta.

A eleição para renovação da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e suplentes – a primeira realizada virtualmente pela entidade em 20 anos de história -, ocorreu nesta sexta-feira (5) e sábado (6), durante o 7º Congresso da Confetam/CUT, realizado conjuntamente com o 2º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Públicos Municipais (Conatram/CUT).

A pandemia e a ultradireita pela frente

Jucélia substitui Vilani Oliveira, eleita secretária de Combate ao Racismo, com enormes desafios pela frente, entre eles o enfrentamento à pandemia e ao governo de ultradireita de Jair Bolsonaro, que ameaça não só os direitos e as vidas dos servidores públicos municipais, mas a própria existência do serviço público para o povo brasileiro. “Essa não é uma tarefa para uma presidenta. É tarefa para um coletivo”, assinalou.

Ela enfatizou que o momento histórico exigirá da nova direção nacional do Ramo dos Municipais CUTistas muita resistência, paciência, resiliência e, sobretudo, unidade. “Não sou nada sem vocês e não vou fazer nada sem vocês. Não é a Jucélia que está assumindo. É cada estado, é cada sindicato, é o meu sindicato, é a minha federação. Não é a Ju. Somos todos e todas nós”, assinalou.

Financiamento e autonomia sindical

Ela destacou ainda a importância do financiamento da luta sindical pelos trabalhadores como forma de garantir a autonomia política das entidades na defesa das reivindicações da classe e da sociedade. “Nós financiaremos nossas lutas e um novo mundo possível a partir das nossas lutas”, sinalizou Jucélia Vargas.

Em sua fala, a presidenta Vilani Oliveira agradeceu aos companheiros e companheiras de gestão e elogiou a capacidade de construção da categoria em cada município do país onde os servidores e servidoras municipais CUTistas estão organizados.

Tribunal do Genocídio

A nova secretária de Combate ao Racismo convocou a direção eleita a fortalecer as campanhas iniciadas na atual gestão, como a Campanha Tributar os Super-Ricos, do Instituto Justiça Fiscal; a Campanha Nacional em Defesa dos Serviços Públicos, da Central Única dos Trabalhadores; e o Tribunal do Genocídio para julgar os crimes de Jair Bolsonaro, proposta da Confetam incorporada pela CUT Nacional.

“Foi um Congresso desafiador, o primeiro realizado virtualmente. Na discussão do Plano de Lutas da Gestão 2021/2025, chegamos a ter 212 pessoas na sala, pessoas que realmente querem construir em todo o país”, elogiou Vilani Oliveira.

Transição

Oficialmente, o mandato da atual gestão da Confetam/CUT só encerra no mês de maio. Por isso, a direção eleita e a atual iniciam essa semana um processo de transição, que começará com uma reunião conjunta das duas direções. A ideia é que os novos dirigentes sejam incorporados à agenda de lutas da entidade antes da posse. “Vamos incluir os novos dirigentes pra ir fazendo um bem bolado, pra eles irem logo se exercitando”, brincou a presidenta.

Delegados e delegadas das federações estaduais filiadas e de sindicatos municipais de 18 estados do Brasil – AL, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, PB, PE, PR, RN, RO, RR, RS, SC, SE e SP – participaram do 7º Congresso da Confetam e do 2º Congresso da Conatram.  

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