Professores de Maracanaú seguem firmes no segundo dia de greve pelo PCCR

Os profissionais de Educação de Maracanaú seguem no seu segundo dia de greve, aguardando resposta da Prefeitura sobre as demandas de estabelecimento do PCCR do Magistério, que é garantido pela Lei do Piso Nacional. O ponto de encontro escolhido neste dia 04 de outubro, foi a Escola Adauto Ferreira Lima, no bairro Conjunto Timbó, que mantém suas atividades paralisadas, em total apoio ao movimento grevista.

Em seguida, o grupo saiu em passeata pelo bairro informando a população os motivos da greve e visitando as escolas do entorno. No percurso paradas nas Escolas Francisco Araújo, José de Borba Vasconcelos e Edson Queiroz, na tentativa de sensibilizar os professores de que esta é a hora de garantir a imediata implantação deste benefício que foi prometido ainda em 2015. Os motivos, que culminaram no piquete, são os mais diversos e todos reclamações antigas dos profissionais e da comunidade, como ventiladores quebrados, pontos alugados que não tem estrutura para receber uma escola, além da desvalorização dos profissionais da Educação.

Diante de todo o terrorismo que está sendo plantando nas escolas, tanto para os pais, como para os professores, como ilegalidade da greve ou a perda do benefício do bolsa família, caso as crianças deixem de ir à escola, a categoria reforça que o medo e os motivos pessoais neste momento devem ser deixados de lado, porque o PCCR do magistério é um direito que está em jogo. E reforçam que as faltas das crianças somente podem ser atestadas pelos professores.

“O PCCR é um motivo mais que pessoal para que todos participemos desta greve. Não podemos ficar à mercê de ameaças, quando é o nosso futuro que está em jogo”, desabafa a professora Francélia Sousa.

Outro ponto de destaque dos professores é que o descaso na Educação abala todas as estruturas de um município. “Não é à toa que Maracanaú está entre as 10 cidades mais violentas do Brasil, com dados alarmantes sobre o extermínio da população jovem”, ratifica a professora Carina Costa.

Sem acordo e sem avançar nas negociações, os professores dão continuidade a agenda da greve aprovada em assembleia no dia 03 de outubro. Entoando as palavras de ordem NÓS ESTAMOS JUNTOS E UNIDOS, os professores ratificam resistência diante da intransigência do prefeito em sequer chamar a categoria para o diálogo.

Amanhã, 05 de outubro, o encontro é na Ceasa (Av. Dr. Mendel Steinbruch, s/n – Pajuçara), às 08h.

Fotos: Marcos Adegas