Nota: Por um discurso responsável

logo simples suprema nome completoDurante os encontros que o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (Suprema) manteve com os professores da rede pública de ensino de Maracanaú, novos e importantes grupos de profissionais mostraram seu engajamento à luta pela melhoria das condições gerais de trabalho da nossa categoria. Dentre esses novos e importantes grupos, e isso é saudável, existem aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem ou simplesmente discordaram da maneira como a direção do sindicato conduziu as negociações com a prefeitura na Campanha Salarial de 2014. Isto é plenamente saudável à democracia.

Em meio às falas de protesto, algumas tinham um “tom” agressivo e desrespeitoso. Palavras como: pelegos e continuístas demonstraram que o objetivo desse pequeno grupo de companheiros professores era de desqualificar o sindicato. Atitudes dessa natureza são no mínimo injustas, pois este sindicato sempre esteve aberto a todos os seus filiados e não filiados. Um exemplo disso foi o caso recente de um desses companheiros professores, não filiado, integrante deste grupo, que foi denunciado à secretaria da educação pela direção de sua escola por problemas de conduta profissional imprópria. O referido professor procurou o SUPREMA que, sem nenhuma distinção, atendeu a este companheiro evitando assim a abertura de um processo administrativo que poderia resultar até numa demissão, por se encontrar ainda em estágio probatório.

O discurso de oposição é fácil e agradável para quem ouve. Oposição deve ser, também, uma forma de contribuição, tanto para orientar as condutas de um sindicato, como para mostrar ao gestor público o nível de qualificação, responsabilidade e organização de uma categoria. Uma oposição desqualificada é massa fácil de manobra! Todo processo de negociação é desgastante e difícil, pois envolve interesses antagônicos. Existem momentos onde há necessidade de recuar em uma situação para avançar em outra e assim por diante. É um trabalho minucioso que requer habilidade e bom senso. Não é, como muitos querem, uma empreitada guerrilheira de esquerda. É evidente que, também, não devemos aceitar tudo aquilo que nos é oferecido. Uma prova disso é o longo e desgastante tempo que levamos entre início e o fim das negociações com o governo municipal. Aprendemos muito, principalmente, com nossos próprios erros. Erros, por exemplo, como o de avaliação da capacidade de resistência da categoria na manutenção de uma greve quando uma parte muito grande dos companheiros, infelizmente, ainda tem um nível de politização muito aquém daquele que precisamos para concretizar objetivos mais ousados.

O grupo eloquente desses companheiros professores que reivindica, dentre ou coisas, uma “representação da base” nas negociações com a prefeitura mostra total desconhecimento do processo democrático, pois desrespeita uma diretoria livremente eleita para representar a categoria. Este grupo, formado por alguns, ainda em estágio probatório profissional e, parece também político, age como se este sindicato não tenha uma longa e difícil história antes da chegada desses companheiros professores a este município. Lamentável… Precisamos de uma oposição, mas não de qualquer uma!!! Se as pessoas que compõem atualmente o sindicato estão ha muito tempo a frente desta entidade, como afirma este grupo de companheiros professores, é porque não houve outro com credibilidade suficiente para substituí-lo. Sim! Porque as eleições que deram a vitória a esta diretoria aconteceram na mais absoluta transparência, transparência esta que também dará a posse a quem venha nos substituir nas eleições de dezembro deste ano.

Maracanaú, 19 de fevereiro de 2014

Autor: professor Aurílio Lima Vieira

Secretário de Comunicação e Imprensa do Suprema

auriliolv@oi.com.br 

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