Nota de repúdio às agressões sofridas pela Diretoria do Suprema e pela categoria do Magistério de Maracanaú

O SINDICATO UNIFICADO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO DE MARACANAÚ – SUPREMA vem a público externar repúdio e indignação com o teor dos textos, áudios e comentários, referindo-se de maneira desrespeitosa à Diretoria deste sindicato nos últimos meses. No mês de maio, os fatos agravaram-se sobremaneira, pois tal comportamento desrespeitoso também foi extensivo à toda categoria de professores da rede pública de ensino de Maracanaú.

Alguns professores, ressaltamos, sempre de um grupo específico, por meio de áudios e postagens em redes sociais agrediram de maneira gratuita a Diretoria do Suprema, bem como a categoria pelo fato dos (das) profissionais aprovarem, por esmagadora maioria, duas pendências antigas dos professores no dia 17 de maio, durante Assembleia Geral, realizada na Praça da Estação de Maracanaú. Naquele momento, os opositores apresentaram proposta, levaram-na à votação, contudo foram derrotados. E ainda foram sequer ouvidos quando tentaram puxar um estado de greve.

Toda Assembleia é soberana. O que nela decidido for apresentado e votado, deve ser acatado por todos e posto em prática. É uma decisão democrática e política. Portanto não cabem agressões desrespeitosas para os seus condutores e muito menos para os seus aprovadores.

A Diretoria deste Sindicato foi taxada com palavras de baixo calão do tipo “cabaré” por meio de áudio, a categoria classificada como “massinha de manobra”, “coxinhas verde e amarelo”, “hienas”, “vida de gado” e a decisão soberana da Assembleia, qualificada como “cartas marcadas”, por membros do já citado grupo. Houve ofensas que incitavam os colegas à queima do Judas de alguns membros da Diretoria e mais recentemente, houve a exposição da vida íntima e particular de uma das diretoras. Essas palavras, além de exprimir ausência de educação e empatia, demonstram efetivo desrespeito à Direção de uma entidade representativa e às pessoas que ali estão. Entendemos que são atos de desespero e seu intuito é tumultuar o relacionamento da Diretoria com a base em grupos de WhatsApp, na tentativa de dividir a categoria, enquanto o momento pede unidade.

Não é a primeira vez que esse grupo de professores (as), não aceitando as decisões deliberadas pela Diretoria, tornam público áudios e diversas postagens de cunho ofensivo, em níveis que ultrapassam a vida profissional e atingem a imagem e a vida pessoal de suas (seus) representantes.

Diante de tantas agressões e atitudes desmedidas, esta Diretoria adverte que não admitirá mais esse tipo de comportamento, que fere e desqualifica a legitimidade da atual gestão. Para tanto, todo o material ofensivo (áudio, texto e imagens), incluindo os novos ataques direcionados à companheira Vilani Oliveira, estão sendo arquivados e serão utilizados para fins jurídicos.

Ataques esses que soam de forma preconceituosa, discriminatória e machista. O ocorrido se torna ainda mais grave pelo fato de o conteúdo ser proferido por uma mulher, ex-sindicalista, que também já esteve liberada das atividades pedagógicas para exercer um mandato sindical, além de ter atuado como gestora da Secretaria da Mulher de Pacatuba. No entendimento dessa diretoria, a postura da ex-sindicalista é completamente reprovável ao tentar manchar a honra de quem dedica sua vida a serviço da luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora, dos direitos das mulheres e demais segmentos historicamente excluídos da sociedade. Desta feita, não pode aceitar este tipo de ataque despolitizado, o que é uma ofensa por extensão a todas às mulheres profissionais do Magistério.

Exigimos respeito! Somos todos colegas de trabalho e profissionais da Educação, homens e mulheres, pais e/ou mães que de maneira digna atuam no movimento sindical, assumindo a tarefa da representatividade com zelo e lisura.

O Brasil está sob uma grande onda retrógrada comportamental e de retrocessos, sobretudo no que diz respeito ao gênero feminino. Há quase dois anos tivemos uma Mulher, presidenta legítima desse país, vítima de impeachment fraudulento. Crime cometido não apenas contra a chefe de Estado, mas principalmente contra a Mulher – Dilma Rousseff. Impeachment claramente misógino, vide os adesivos afixado na boca dos tanques de gasolinas dos carros dos apoiadores do golpe, e tantas outras acusações de baixo calão que antecederam o dia da votação no Congresso Nacional. Será que o tratamento misógino pelo qual a atual Diretoria, composta em sua grande maioria por mulheres, vem sofrendo também aconteceria se essa Diretoria fosse liderada por homens?

O Suprema, na defesa do livre exercício de se manifestar desta categoria, repudia qualquer tentativa de desqualificá-la por não aceitar o seu posicionamento. E repudia também a tentativa de desqualificar a luta sindical que esta casa faz desde 1991, tornando-se essencial na defesa do Estado Democrático, na conquista de novos patamares salariais e civis dos profissionais em Educação. Respeito devemos, respeito merecemos!